O homem começa a morrer na sua primeira experiência sexual.
A morte é anterior a si mesma.
Toda unanimidade é burra. Quem pensa com a unanimidade não precisa pensar.
Todo desejo é vil.
A cama é um móvel metafísico.
Tarado é toda pessoa normal pega em flagrante.
Só há uma tosse admissível: a nossa.
Eu me nego a acreditar que um político, mesmo o mais doce político, tenha senso moral.
Morder é tara? Tara é não morder.
Todo tímido é candidato a um crime sexual.
O amigo é um momento de eternidade.
O casamento não é culpado de nada. Nós é que somos culpados de tudo.
A dúvida é autora das insônias mais cruéis. Ao passo que, inversamente, uma boa e sólida certeza vale como um barbitúrico irresistível.
Toda coerência é, no mínimo, suspeita.
A maioria das pessoas imagina que o importante, no diálogo, é a palavra. Engano, e repito: - o importante é a pausa. É na pausa que duas pessoas se entendem e entram em comunhão.
Toda a história humana ensina que só os profetas enxergam o óbvio.
Amar é ser fiel a quem nos trai.
No Brasil, quem não é canalha na véspera é canalha no dia seguinte.
Se eu tivesse que dar um conselho, diria aos mais jovens: - não façam literatice. O brasileiro é fascinado pelo chocalho da palavra.
Quero crer que certas épocas são doentes mentais. Por exemplo: - a nossa.
Desconfio muito dos veementes. Via de regra, o sujeito que esbraveja está a um milímetro do erro e da obtusidade.
Aqui, tatuo-me.
visível e invisível.
e ponto
(s)
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Um comentário:
Adorei. Próximo tema: Millôr Fernandes.
Eu ajudo.
Beijos!
VD
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