Aqui, tatuo-me.

visível e invisível.
e ponto

(s)




domingo, fevereiro 18, 2007

Abolição

Se a casa me revela

limpo os cômodos



os concretos vizinhos

sufocam-me

a me espiar por suas janelas abertas


as casas laterais

sedentas de vidas alheias

de vidas cheias

de vida

cansam-me


vasculhando

liberdade prisioneira



fecho a cortina

música!



no espaço reduzido

que resta

invento minhas personagens




desacorrentando-me

no papel

2 comentários:

Anônimo disse...

Há! Esse eu entendi! ;o)

VD

Claudio Eugenio Luz disse...

Meu caro, por aqui vou-me acorrentando. Simplesmente, divino!!

hábraços