Veio de sinais
Em fogos de artifícios
Romperam-se hímens
o homem pisava na lua
outra vez
Sem gravidade
Aqui, tatuo-me.
visível e invisível.
e ponto
(s)
segunda-feira, dezembro 28, 2009
sábado, dezembro 26, 2009
O caçador de andróides
Tyrell – Estou surpreso por não ter me procurado antes.
Roy – Não é fácil encarar o próprio criador.
T – E o que deseja dele?
R – O criador pode consertar a criação?
T – Gostaria de ser modificado?
R – Pensei em algo um pouco mais radical.
T – Qual seria o problema?
R – Morte.
T – Morte? Temo que esteja um pouco fora de minha alçada, eu...
R – Eu quero mais vida, pai!
T – Os fatos da vida. Fazer alterações na evolução de um sistema orgânico
é fatal. Um código genético não pode ser alterado depois de estabelecido.
R – Por que não?
T – Porque no segundo dia de incubação quaisquer células que tenham
sofrido mutações de reversão, dão origem a colônias reversas, como ratos aban-
donando o navio. Aí o navio afunda.
R – E se usar a combinação EMS?
T – Já tentamos. O etil-metanosulfato é um potente agente alcalinizante
e mutagênico. Ele criou um vírus tão letal que a cobaia morreu na hora.
R – Então uma proteína que bloqueie as funções celulares.
T – Não impediria a duplicação, mas duplicaria o ácido ribonucléico. O
novo DNA levaria às mutações e você teria um vírus de novo. Mas, claro, esta
discussão é acadêmica. Você foi feito o melhor possível.
R – Mas não para durar.
T – A luz que brilha o dobro arde a metade do tempo, e você ardeu com muito brilho, Roy. Olhe para você. Você é o filho pródigo. É um ser fenomenal.
R – Eu fiz... coisas questionáveis.
T – E também coisas extraordinárias. Comemore o tempo que tem!
R – Nada que impeça ao Deus da biomecânica levar você ao paraíso.
sexta-feira, dezembro 25, 2009
Erro de leitura
Delimitaram-se territórios
fincavam-se em bandeiras
a voz farpava a medição das estacas
repetidas vezes
enquanto o lobo evocava os precipícios
eu despertava em si
nas madrugadas em que a razão percorria insone os esquadros da casa
tardava
a aprovação de meu código de barras
terça-feira, dezembro 22, 2009
Do mais instigante na Bienal do Mercosul
Lucia e Luis são dois personagens criados pelos artistas chilenos Niles Atallah, Cristóbal León e Joaquin Cociña. As tormentas internas passadas na mente e na vida destes personagens são narradas e vividas por eles em seus quartos pessoais através da voz de Paula Navarrete e do incrível trabalho de animação realizado pelos artistas. A densidade de suas angústias e a mente delirante, tanto dos personagens e porque não dizer dos artistas, capturam o público para um imaginário fascinante.
Fonte: Fundação Bienal
Antes de reproduzir, pause no Mp4 aí ao lado, ok.
LUCIA from diluvio on Vimeo.
LUIS from diluvio on Vimeo.
Leia mais sobre - em inglês
Fonte: Fundação Bienal
Antes de reproduzir, pause no Mp4 aí ao lado, ok.
LUCIA from diluvio on Vimeo.
LUIS from diluvio on Vimeo.
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quarta-feira, dezembro 16, 2009
Tarefa abjeta
Não tenho cães.
Ou gatos.
Mas deixo potes cheios de ração no corredor.
em
vão.
Os fantasmas se acostumaram a comer na mão.
Ou gatos.
Mas deixo potes cheios de ração no corredor.
em
vão.
Os fantasmas se acostumaram a comer na mão.
segunda-feira, dezembro 14, 2009
domingo, dezembro 13, 2009
quinta-feira, dezembro 10, 2009
Coisas da Clarice
O que era difícil, pois a coisa neutra é extremamente enérgica, eu cuspia e ela continuava eu.
Clarice Lispector in A paixão segundo G.H.
Clarice Lispector in A paixão segundo G.H.
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