Aqui, tatuo-me.

visível e invisível.
e ponto

(s)




sexta-feira, dezembro 09, 2005

Zodíaco


Dizem que quando chegamos perto dos trinta, tendemos a nos aproximar mais do ascendente.
Porém, uma astróloga um dia examinou meu mapa e disse que isso era lenda, mito, fórmulas fáceis e bem genéricas que o povo escuta uma vez e aplica pra todo mundo.
No meu caso, segundo ela, seria o contrário. Eu fui uma criança e um adolescente bastante sagitariano(meu ascendente), e nisso ela acertou em cheio. Minha meta, segundo o mapa, seria chegar a Leão, meu signo solar, me livrando da sina sagitariana.
E eu nunca senti isso tão na pele quanto agora, aos 40 anos.
Já não tenho mais saco pra gente chata.
Já não fico mais fazendo sala pra gente inconveniente.
Já não me ocupo mais com gente que não merece (ainda um pouco, talvez).
Já não assumo tanto pra mim os problemas dos outros.
Já não estimulo tanto a minha simpatia e nem exijo tanto a dos outros.
Respeito cada vez mais os frios, os secos, e os cautelosos que, depois, sempre se mostram mais amigos, mais próximos, mais íntimos.
Perco menos tempo com esperanças e dedico mais energia à seleção e ao movimento.
Não fico mais sonhando acordado como antes. Ao contrário, meus sonhos estão cada vez mais práticos e paupáveis.
Descobri também que a frieza é um ótimo escudo contra e gente mala e vampiresca.
Já não me preocupo tanto em ser gostado por todos. Hoje, aceito ter desafetos sem grandes crises de consciência.
Hoje, minha autocrítica é mais prática do que sádica.
Também já não uso mais tantas proteções.
Enfim, eu nunca usei tanto 'foda-se' como hoje. E tá me fazendo um bem danado.

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